Velocidade de Descarga de Ventiladores – Mitos e Verdades
A velocidade do ar, na boca de descarga de ventiladores industriais, é um parâmetro muito usado nas especificações técnicas destes equipamentos, por parte de projetistas e usuários de sistemas de ventilação. O fundamento em limitar a velocidade de descarga do ar na saída do ventilador, seria por estar assim também limitando o ruído emitido pelo mesmo. Na realidade a velocidade de descarga (vd), pouco ou nada, tem a ver com o nível de ruído emitido pelo ventilador. O ruído emitido por um ventilador está relacionado com o tipo de ventilador, sua vazão e pressão de operação, sua velocidade de rotação e seu rendimento. Portanto a velocidade de descarga não compõe nenhuma das fórmulas do roteiro de cálculo de ruído de um ventilador.
Sendo a vd um fator fundamental, que tem como consequência a determinação do tamanho do ventilador adequado para atender o critério estabelecido pelo projetista, alguns fabricantes de ventiladores comercializam equipamentos com bocas de descarga aumentadas, em dimensões superiores às estabelecidas nas normas AMCA 99-2001-82 e AMCA 99-2401-82. Seu objetivo é selecionar e ofertar ventiladores de menor tamanho, que atendam ao critério de uma velocidade de descarga mais baixa, em comparação com um ventilador maior que atende o dimensional especificado em norma técnica internacional. Assim conseguem obter sucesso comercial oferecendo equipamentos de menor custo, mas em desacordo com a melhor técnica, proporcionando vantagem enganosa ao cliente.
Para melhor regulamentar o tema, a AMCA (Air Movement and Control Association Inc.) apresenta o conceito de “Área de Jato – Aj” ou “Blast Area”, que é a verdadeira área de saída do ventilador, ao contrário de “Área de Descarga – Ad” ou “Outlet Area”. A Área de Jato é aquela considerada na seção da lingueta do ventilador, e não na seção do flange. Considerando assim, os ventiladores de boca de descarga aumentada são ainda mais perniciosos, pois sua área de jato é menor que a área de um ventilador de maior tamanho, e não vice-versa.
Fora isto, a utilização de uma área de descarga superior ao limite das normas AMCA indroduz uma maior turbulência no fluxo de ar, como pode ser visto nas figuras acima, gerando ruído e perdas de carga maiores que aquelas obtidas por um ventilador bem projetado.
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Respiradouros para cozinhas. Requisitos e recomendações.
A cozinha é um dos locais onde mais gases, fumos e odores se acumulam. Neste espaço, é especialmente necessária a existência de grelhas de ventilação para cozinhas que complementem a ventilação natural e aquela produzida pelas condutas de extração.
Neste texto, vamos destacar as grelhas de ventilação para cozinhas domésticas.
Regulamentos a serem aplicados na ventilação de cozinhas domésticas.
Para ter uma base sólida, devemos olhar a seção HS3 do documento básico do HS no que diz respeito à saúde, levando em consideração vários aspectos:
Este documento estabelece que deve estar disponível nas zonas de cocção das cozinhas um sistema que permita a extração para o exterior dos poluentes derivados da sua utilização. Este sistema é independente da ventilação da casa. Esta norma será cumprida quando o sistema permitir a extração de uma vazão mínima de 50 l / s da zona de cozimento da cozinha.
As cozinhas deverão ter aberturas de extração. A referida abertura de extração deve estar localizada na área mais contaminada da cozinha, que é, como vimos no ponto anterior, a área de cozimento. Estas aberturas de extração serão conectadas a dutos de extração (um único pode ser compartilhado por cozinhas, banheiros, sanitários e depósitos) e sua localização a uma distância do teto inferior a 200 mm e a uma distância de qualquer canto é obrigatória. Ou canto vertical maior que 100 mm.
É obrigatório implementar um sistema de ventilação por extração mecânica. Este ponto leva à necessidade de ter um exaustor conectado a um duto de extração independente do resto dos dutos de ventilação gerais da casa. SE a referida conduta for partilhada por vários extractores, todos deverão incluir uma válvula automática (ou qualquer outro sistema anti-reversão) que lhes permita manter a ligação à conduta aberta apenas quando este estiver a funcionar.
As aberturas de ventilação que ficam em contato com o exterior devem ser dispostas de forma que não permitam a entrada de água da chuva.
Além disso, as cozinhas devem ter um sistema complementar de ventilação natural, como janela ou porta para o exterior.
Essas diretrizes são algumas das regras a serem aplicadas na ventilação de cozinhas domésticas. Esta área trata da ventilação em geral. No entanto, não vamos olhar para os extratores, mas para as aberturas.
Recomendações sobre respiros de cozinha
As normas a serem aplicadas são obrigatórias, mas existem outras diretrizes de ação e recomendações cujo objetivo é maximizar os benefícios proporcionados por esses elementos de ventilação.
Dentre eles, podemos destacar:
Evite a obstrução das grelhas por armários ou outros elementos de mobiliário.
Utilize um sistema de ventilação de duplo fluxo que permite a extração do ar viciado e, por sua vez, a entrada do ar filtrado para renovar a atmosfera interior da sala.
Combine a ação dos respiradouros com a ventilação natural abrindo janelas e / ou portas.
Utilização dos sistemas de extração (exaustores, exaustores) presentes na zona de cozimento para limitar o acúmulo de fumos, gases …
Evite umidade e odores que podem levar a uma má qualidade do ar que afeta a saúde e o bem-estar das pessoas presentes na cozinha.
Possíveis grades usadas em cozinhas domésticas
Por último, mas não menos importante, estão os diferentes tipos de grades que geralmente são instalados nas cozinhas domésticas.
Um dos fatores que influenciam no número, tipo e localização das grelhas é o uso ou a ausência de gás.
No primeiro caso, a cozinha deve ser equipada com grelha a poucos centímetros do solo se for utilizado gás natural e, no caso do gás propano ou butano, deverá ser instalada uma segunda grelha junto ao teto.
Essas grades devem ser fixadas de forma que a ventilação seja contínua. Ao contrário de cozinhas sem utilização de gás, onde as grelhas podem ser reguláveis.
Dada esta peculiaridade, vamos discutir a seguir os tipos de grades que podem estar presentes nas cozinhas domésticas.
Grelhas de descarga: possuem lâminas reguláveis individualmente para permitir a regulação da amplitude e da altura do fluxo de ar que é impulsionado. Este tipo é o mais comum em cozinhas domésticas.
Outros modelos que podem ser colocados na cozinha são:
Grades de piso: normalmente são colocadas na parte inferior de portas ou divisórias e podem ser utilizadas tanto para a extração como para a respiração do ar.
Grades de trânsito: também localizadas em portas ou divisórias, têm como função a livre circulação do ar e, via de regra, impedem a entrada de luz.
Grelhas de ventilação: permitem a ventilação dos aparelhos encastrados presentes na cozinha. Geladeiras, máquinas de lavar, fornos ou microondas são alguns exemplos de aparelhos cujo desempenho e manutenção é implementado com a instalação dessas grades.
Grades de entrada de ar externas: como o próprio nome sugere, são grades que permitem a entrada de ar externo ao mesmo tempo em que evitam a entrada de água da chuva e outros elementos derivados dos fenômenos atmosféricos.
Cada projeto tem características particulares que o distinguem, e também serão afetados pelo ambiente externo (clima) e interior (máquinas, pessoal, etc.), aspectos que terão um impacto positivo ou negativo nas condições internas exigidas, evitando assim a obtenção do conforto térmico desejado. Essas condições indesejáveis (especialmente altas temperaturas) afetarão tanto as máquinas quanto os trabalhadores, gerando baixas eficiências na produtividade.
O que é estresse por calor?
O estresse causado pelo calor é a exposição ao calor por longos períodos de tempo que pode afetar a saúde das pessoas e, às vezes, ter consequências graves. Por meio de mecanismos de regulação da temperatura, o corpo sozinho pode eliminar o excesso de calor quando ele excede os níveis normais. Porém, ao receber quantidades de calor superiores às permitidas, as condições do corpo se alteram e isso se traduzirá em aumento da temperatura corporal. É quando os problemas conhecidos como distúrbios do calor começam a se desenvolver.
De acordo com a definição incluída na Nota Técnica de Prevenção 922 (NTP) do Instituto Nacional de Segurança e Higiene no Trabalho (INSHT), encontra-se o seguinte:
1.O stress térmico corresponde à carga térmica líquida a que os trabalhadores estão expostos e que resulta da contribuição conjunta das condições ambientais do local onde trabalham, da atividade física que realizam e das características do vestuário que vestem. Existem diferentes variáveis que contribuem para o estresse por calor, entre as quais:
A temperatura do ar.
Humidade relativa.
A velocidade do ar.
A radiação.
Atividade metabólica
O tipo de roupa.
2. A sobrecarga térmica é a resposta fisiológica do corpo humano ao estresse térmico e corresponde ao custo do ajuste necessário para manter a temperatura interna na faixa adequada. Os parâmetros que permitem controlar e determinar a sobrecarga térmica são:
Temperatura corporal
Frequência cardíaca
A taxa de suor.
Também é importante definir um índice de calor estabelecendo um nível de risco e seus efeitos, a fim de determinar a ação a ser tomada de acordo com o nível que é:
Tabela 1
Índice de calor não permitido
Observação. Boas práticas para a prevenção de riscos ocupacionais de trabalhadores expostos a condições climáticas adversas.
Deve-se levar em consideração que esses índices não consideram o esforço físico que uma pessoa pode exigir e outros fatores que podem aumentar sua temperatura, nem consideram a idade da pessoa, ou condição física e outras considerações semelhantes.
Existem métodos de avaliação com ampla aceitação internacional, como os descritos a seguir:
Método WBGT (Wet Bulb Globe Thermometer). É usado em ambientes quentes para estimar o estresse calórico dos trabalhadores. Permite estabelecer um programa de medidas preventivas ou utilizar uma metodologia mais específica a posteriori. Este método é descrito na norma UNE EN 27243: 1995.
Método de sobrecarga térmica estimada Método específico para situações de estresse térmico, indicado quando se deseja uma avaliação mais rigorosa. O Índice de Sobrecarga Térmica (IST) permite determinar o tempo máximo de exposição em uma determinada situação, para limitar a sobrecarga fisiológica a um nível aceitável e acima do qual podem ocorrer danos à saúde dos trabalhadores. É descrito na norma UNE-EN ISO 7933: 2005.
Quais são as consequências das altas temperaturas no trabalho?
Um ambiente com altas temperaturas é incômodo para o desenvolvimento das atividades laborais, e principalmente quando o trabalho exige esforço físico, gerando com o tempo que o trabalhador diminui sua produtividade.
Os sintomas que podem ser detectados após longas horas de exposição a altas temperaturas são: sede intensa, boca seca, exaustão, cansaço e fraqueza, falta de concentração, dor de cabeça, tontura ou desmaio, fraqueza muscular ou cãibras, náuseas e vômitos, aumento da temperatura corporal acima de 37,5 ° C, e aumento da frequência cardíaca.
Quando você tiver esses sintomas, uma forma prática de reduzi-los é descansar em local fresco, com sombra e ventilado, beber bastante água fria ou bebidas com eletrólitos.
Como resolver a perda de produtividade devido ao calor excessivo?
Para garantir que um ambiente tenha as condições adequadas para o trabalho, as seguintes condições são avaliadas:
O ambiente de trabalho é analisado: equipamentos e instalações, ar condicionado, vestimenta dos funcionários, etc., para identificar todos aqueles fatores que, no seu conjunto, são prejudiciais às condições de trabalho.
São medidas as condições ambientais: temperatura, calor, umidade e velocidade do ar dentro do ambiente de trabalho e o tipo de atividade física que o pessoal realiza.
Com a coleta dessas informações, será possível determinar se os ambientes de estudo exigirão uma solução com ventilação mecânica ou talvez uma solução de ar condicionado (ar condicionado).
No caso da ventilação mecânica, a principal forma de dimensionamento desses sistemas é sob o conceito de reforma. Para isso, cada país possui regulamentos de diretrizes locais, que contêm valores de renovação recomendados de acordo com as aplicações. Por outro lado, existem regulamentações internacionais que fornecem dados valiosos a esse respeito. Finalmente, os principais fabricantes de equipamentos de ventilação do mundo, incluindo Soler & Palau, oferecem guias ou manuais de ventilação com dados deste tipo. Ao dimensionar corretamente um sistema de ventilação, o ar quente interno será extraído com eficiência e substituído por ar fresco.
Outra solução alternativa será projetar e implementar um sistema de resfriamento evaporativo, que consiste em umidificar o ar injetado (reduzindo assim sua temperatura em uma determinada faixa) e evacuar o ar quente interno. Esta solução tem uma certa limitação, pois dependerá exclusivamente da porcentagem de umidade relativa que o ar externo possui e, portanto, de sua capacidade de absorver mais umidade. Por não perder desempenho devido ao efeito de evaporação da água, é alcançada uma alta eficiência energética.
No caso de haver maquinário que emita muito calor e gere alta temperatura em seu entorno, o mais adequado será projetar sistemas de extração localizada (coifas), conseguindo assim que o calor não seja distribuído por todo o ambiente e seja evacuado rapidamente para o exterior.
Em conclusão, espaços com altas temperaturas são ambientes nos quais as pessoas não poderão realizar suas atividades normalmente, pois serão afetadas pelo calor. Portanto, a contemplação de um sistema de ventilação adequado será a solução ideal para garantir o conforto térmico de que as pessoas e máquinas precisam.
Dois conceitos, intrinsecamente relacionados, marcam o novo modelo de construção sustentável e saudável: qualidade do ar e ventilação. E, para garantir que ambos funcionem de acordo com a regulamentação em vigor, é fundamental saber fazer um cálculo adequado da renovação do ar. É neste último aspecto que focalizamos o interesse deste artigo. Trata-se de saber calcular esta renovação do ar, tendo também em conta o tipo específico de espaço a que se refere.
Nesse sentido, devemos lembrar a legislação que atualmente rege a qualidade do ar e a ventilação predial:
HS 3 do Código Técnico de Construção: regula a qualidade do ar interno em todos os tipos de residências (unifamiliares, flats, geminadas …) e em estacionamentos e garagens.
O RITE (Regulamento de Instalações Térmicas em Edifícios): para aqueles edifícios aos quais não se aplica o HS3, ou seja, edifícios e edifícios terciários.
Cálculo da renovação do ar
A realização de um cálculo de renovação do ar é essencial para projetar e instalar um sistema de ventilação correto dentro de um edifício. Lembre-se de que garantir a renovação do ar é a única maneira de garantir que as concentrações de poluentes no ar permaneçam em um nível saudável aceitável. Esta qualidade do ar é regulamentada em nossos regulamentos de construção, que exigem diferentes níveis de qualidade do ar dependendo do uso a que o edifício se destina, essas são as famosas categorias IDA.
Partindo da qualidade do ar (ADI) que é aplicada a um espaço, o próximo dado que é necessário para projetar um sistema de ventilação com renovação de ar adequada é determinar o fluxo mínimo de ar limpo que permite manter esses níveis de qualidade.
Como calcular a renovação do ar nas residências?
No caso das residências, de acordo com o CTE supracitado, o que é necessário para garantir um nível de saúde aceitável é um fluxo de ar em cada cômodo que:
Garanta uma concentração média de CO2 inferior a 900 pmm.
O acumulado anual que ultrapassa 1.600 ppm é inferior a 500.000 ppm.
Elimine a presença de contaminantes não diretamente relacionados à presença humana.
Além disso, os regulamentos fazem a diferença entre as áreas secas e úmidas de uma casa. Com todos esses dados, são estabelecidos alguns valores mínimos por sala que devem ser aplicados para o cálculo da renovação do ar:
Quarto principal, sala de estar e sala de jantar: 8 l / seg.
Resto dos quartos: 4 l / seg.
Arrecadações e zonas comuns: 0,7 l / seg por m2.
Parques de estacionamento e garagens: 120 l / seg em cada praça.
Áreas de armazenamento de resíduos: 10 l / seg.
O cálculo da renovação do ar em escritórios e espaços industriais
Em edifícios de escritórios ou dedicados à atividade industrial, já não é necessário olhar para o CTE, mas o cálculo da renovação do ar é feito de acordo com os critérios definidos pelo RITE. Lembre-se de que a qualidade do ar depende diretamente de três circunstâncias:
Dimensões do espaço.
Concentração de pessoas / tempo gasto em ambientes fechados.
Atividade a que se dedica.
É evidente que nesses espaços o cálculo é mais complexo, pois muitas variantes entram em jogo. Estes são os métodos mais comumente usados:
Medição de vazão mínima por pessoa. Este é um método indireto e só faz sentido se forem mantidas certas condições de atividade metabólica, além do fato de a atividade não produzir emissões de substâncias poluentes, nem fumegar naquele espaço.
Medição por unidade de área: Método indireto que define quantidades por m2. É aplicável em espaços com baixa ocupação de pessoas e as principais emissões poluentes provêm dos materiais dos móveis ou objetos existentes. O exemplo mais representativo são os armazéns.
Medição olfativa. É um método direto que se baseia na percepção subjetiva da qualidade do ar levando em consideração os odores.
Medição por concentração de CO2: É um método direto, especialmente eficaz quando a principal fonte de contaminação é humana, como academias, salões de festas ou lojas
Medição por diluição: semelhante à anterior, neste caso, para ser utilizada em locais onde haja emissões de poluentes conhecidos.
Sem dúvida, o cálculo da renovação do ar é um dado essencial para avançar na conquista de espaços seguros do ponto de vista da saúde. Daí a importância de se obter resultados mais precisos possíveis e, claro, adequados ao tipo de edificação a que se referem. Só assim será possível adotar as medidas de ventilação mais eficazes em cada caso.